quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mensagem de Pai Benedito de Aruanda


Salve meus filhos!
Salve Deus!
Salve Nosso Senhor Jesus Cristo!
Salve todos os Orixás!

Esse Nego Velho é um velho rezador.
Aprendeu a fazer as coisas, rezando.
Tem muita coisa que se pode aprender na Umbanda.
Mas de todas, a primeira é aprender a rezar.
Não é mesmo?

Você pode rezar uma reza conhecida.
Mas a melhor, é aquela que fala no seu coração, em Deus.
Tudo que se faz, se faz um firmador em Deus.

Se acorda, acorda com Deus.
Se toma um café, toma com Deus.
Se trabalha, trabalha com Deus.
Se tem um momento para se divertir, agradece a Deus.
E assim, se vai rezando. Não é mesmo?

Quando perceber que está fazendo alguma coisa
E não tem nada mais para pensar. Vai rezando.
Vai se demorando a passar o tempo.
Vai se demorando para dormir.
Então, se vai rezando até que durma.
Se está esperando alguém
E esse alguém não chega. Vai rezando.

Porque ninguém, realmente, pode dizer,
Em algum momento da vida,
Que não tem o que fazer.
Porque sempre tem o que fazer, meus filhos.
E quando não tiver o que fazer, vai rezando.
Que é para não ficar desocupado. Não é mesmo?
Porque a cabeça desocupada, não é coisa muito boa.

A não ser que se esteja esvaziando a mente, na fé.
No momento que parar os pensamentos,
Deus é uma presença.
Então, é isso que "suncês" fazem, quando dizem:
"Salve sua retirada".

Sentar, meditar, também é uma reza.
Porque é uma reza que fala com Deus,
Para além das palavras. Não é isso mesmo?

Porque quando esvazia a mente,
Mas ainda assim, o coração está em Deus,
Então, é uma reza poderosa,
Que pode mudar a vida de uma pessoa.

E antes de querer mudar o mundo,
Antes de querer mudar a vida dos outros,
Há de se querer mudar a própria vida.
Não é mesmo?

Porque o outro só muda, se você mudar.
Se você não muda, então não há de pensar
Que vai mudar alguma coisa fora de você,
Se dentro continua tudo a mesma coisa.

E quando você descobrir a mudança para melhor,
Então, não precisa mais se preocupar
Em querer mudar o mundo, também.
Porque aquele que muda para melhor,
Já olha o mundo com outros olhos.

Cada um vê o que quer.
Onde um vê sofrimento e dor,
O outro vê oportunidade de crescimento,
De aprendizado, de lição, de paciência,
De resignação.

Se a vida é sofrida,
Então, há de se pensar que a vida são muitas.
E que melhor uma vida sofrida, com resignação,
Do que muitas vidas desperdiçadas na revolta.

Porque um coração revoltado, às vezes, vira pedra
E desperdiça duas, três vidas...
Mas um coração resignado,
É aberto para outras vidas melhores.

Se não fosse assim, não tinha Preto Velho, na Umbanda.
Não é mesmo?
Se tem cá, a Linha dos Velhos, escravos que foram,
É para ensinar que a libertação maior, não é do corpo.
A libertação maior é do seu querer,
Da sua alma, do seu espírito.

Porque há lugares que um bom coração
E uma alma em Deus, podem ir,
E que as pernas jamais poderão lhe levar.

Com dor ou sem dor,
Com sofrimento ou sem sofrimento,
Numa condição difícil ou fácil,
Todo mundo vai ficar velho e vai morrer.

Então, que se aprenda que,
Se dessa vida alguma coisa se leva,
É um bom sentimento.

Porque se a vida não é igual de uns para os outros,
É porque, mesmo que você não conheça os motivos,
Cada um antes de chegar aqui, veio de um lugar diferente.
Porque todos são iguais e ao mesmo tempo, são diferentes.

Cada um é um, e todos ao mesmo tempo, também são um.
Porque Deus é um, mas muitos são os seus filhos.
Que juntos, também são um.
Mas enquanto não conseguirem se juntar,
Continuam sendo muitos.

Porque se Deus é um, uma verdade e uma única vida.
As diferenças que nós mesmos criamos, é o que separa.
E é o que carrega a dor.
E que carrega de uma vida para outra.

Então, se não se conhece os motivos e a razão,
Das dores que se carrega,
É melhor cada um fazer o melhor que pode,
Para não aumentar ainda mais, essa dor.
Porque a revolta só faz aumentar a dor.

A sabedoria do Preto Velho, não pertence a ele.
Pertence a Deus.
Quem tem fé e crê, sempre encontrará boas respostas,
Para cada problema da vida.
Quem não tem, nenhuma resposta serve.
Então, é só fazer a sua opinião.

Cada um tem a oportunidade de escolher.
Não exatamente qual vida e qual situação.
Não agora, mas escolheu ser quem é.
Mas ainda assim, pode escolher crer ou não crer.
Então, quem crê, há de se viver melhor
Um dia atrás do outro, independente do que aconteça,
Com fé.

Que assim seja, meus filhos!
Deus abençoe vocês!
Hi, hi, hi... (Pai Benedito Ri)

Enquanto isso, é melhor a gente ir
Cantando e dançando. Não é mesmo?
Tocando os atabaques e cantando para Deus.
Porque se a gente pode ter fé,
Cantando e dançando, então, é melhor ainda.
Não é mesmo, meus filhos?

Porque se Deus é bom, tudo que se faz de bom,
Há de ser de Deus, também. Não é mesmo?

Salve suas forças!
Deus abençoe!

Mensagem transmitida por, um dos milhares de, Pai Benedito de Aruanda,
por meio de seu médium, Pai Alexandre Cumino, em 05/08/11,
sexta feira, atendimento espiritual, com consulta, gira de Pretos Velhos,
com chamada das Crianças, sustentada por Pai Obaluayê e Mãe Nanã Buroquê.
Templo/Escola Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca

domingo, 14 de agosto de 2011

Caboclo Rompe Mato


Há sempre um modo diferente de conhecermos o axé de um guia, quase sempre eles se apresentam quando necessitamos. Num momento de esmorecimento, quando estamos quase entregando os pontos na execução de nossas tarefas, há sempre o recurso de pedirmos um axé pra prosseguir. Foi numa hora assim, de cansaço e esmorecimento que surgiu na minha frente uma mensagem de um caboclo Rompe Mato, que botou a baixo os obstáculos mentais e renovou o entusiasmo necessário para o cumprimento de um compromisso importante, que resultou em realização e felicidade.
O caboclo Rompe Mato traz em si uma manifestação de luta e bravura, determinação e tenacidade. Relacionado à Ogum e Oxossi este guia se apresenta sobretudo nos assuntos pertinentes a coisas de solução rápida, revigorantes e de conquista de espaço de maneira geral. Um aspecto fundamental deste guerreiro é justamente a coragem.

Abaixo o texto em questão. Clique na imagem para ampliar e ler.



Salve o Caboclo Rompe Mato!
Viva a Coragem!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma outra visão de São Paulo


Viver em São Paulo é um grande desafio. Com tanta poluição do ar, dos rios e com tantas dificuldades por conta do excesso de carros somado à ineficiência do transporte público, há duas possibilidades. Uma é se ACOMODAR, se tornar comum, se acostumar e seguir vivendo de forma desvairada, sem se preocupar com problemas, que teoricamente, não nos diz respeito. A outra é se INCOMODAR, questionar e BUSCAR maneiras inovadoras e incomuns de levar a vida numa cidade grande e tornar-se um cidadão. Acho que é meio óbvio que a maioria das pessoas prefere se acomodar ao em vez de se incomodar. Mas os incomodados estão por aí, basta procurar um pouquinho que a gente acha o fio da teia onde podemos nos conectar numa “nova dimensão”.

É o caso do pessoal do “Rios e Ruas” , um projeto que visa “promover o reconhecimento e a exploração in loco das cidades redescobrindo a natureza de rios soterrados por ruas e construções, contribuindo assim para despertar em jovens e adultos uma compreensão afetiva sobre o uso do espaço urbano”. Na prática, o projeto realiza expedições dentro da cidade de São Paulo, para redescobrir o percurso de rios que foram soterrados e ocultados pelas construções. A última expedição do grupo foi a do “Rio Verde”, rio este que em época de chuvas inunda ruas, mostrando sua força, reinvidicando um espaço que é seu. Confira o depoimento do grupo sobre a expedição.

Há uma matéria na revista TRIP que mostra, através da edição de imagens, uma São Paulo fluvial, uma cidade mais sustentável, que dialoga com seus rios e córregos. As imagens tem inspiração no projeto urbanístico defendido pelo arquiteto Alexandre Delijaicov.

Quem vê o projeto de Delijaicov jura que se trata de algo impossível de se realizar, um delírio ou fantasia de um urbanista sonhador, mas ele afirma que não: "O projeto não é uma fantasia. É economicamente viável. Mas depende uma política de estado, não de governo. Porque o projeto pode levar 20 anos, atravessar até cinco gestões, com grandes obras de infraestrutura e gastos de mais de R$ 1 bilhão", explica Delijaicov." Para ver mais imagens e saber mais do projeto de Delijaicov acesse a matéria.

Mais do que uma mudança política precisaríamos de uma mudança de consciência, eu diria. Reciclar o lixo, pensar em meios de transportes mais ecológicos, como a bicicleta, por exemplo. Esse tipo de coisa! Se não dá pra fazer muito, faça sempre um bocadinho...