sexta-feira, 2 de maio de 2008

Gil quer Santo Daime como patrimônio cultural

Notícia publicada no portal Terra

"O ministro da Cultura, Gilberto Gil, vai encaminhar ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) um pedido de reconhecimento do uso do chá ayahuasca em rituais de religiões como Santo Daime como patrimônio imaterial da cultura brasileira.

A solicitação, entregue ao ministro ontem, em Rio Branco (AC), em documento assinado por representantes dos fundadores das doutrinas ayahuasqueiras, foi endossado pelo governador do Acre, Binho Marques (PT), pelo deputado Edvaldo Magalhães (PC do B), presidente da Assembléia Legislativa, além da deputada federal Perpétua Almeida (PC do B), articuladora do projeto de reconhecimento do uso ritual da ayahuasca.

"Espero que nós possamos celebrar em breve o registro do ayahuasca como patrimônio cultural da nação brasileira", disse o ministro. Gil destacou que as religiões que utilizam o chá ayahuasca (também conhecido como Vegetal ou Hoasca) são traços importantes da cultura brasileira, na aproximação dos homens com Deus.

"Neste caso, específico, acrescenta-se o afeto em relação a outra dimensão importantíssima para a vida, que é a Natureza", ressaltou o ministro. Ele disse que o Iphan, órgão do Ministério da Cultura, vai examinar "com todo zelo, carinho e responsabilidade" a solicitação."


Veja vídeo da entrega do documento, aqui.


O evento aconteceu no dia em que se comemora o aniversário do sr. Antônio Gomes, um dos estimados e antigos companheiros do Mestre Irineu, dono do hinário oficial, "O Amor Divino". (Veja como foi a comemoração aqui).

Antônio Gomes da Silva nasceu no Ceará em 30 de abril de 1885. Conheceu a Doutrina do Daime no ano de 1938, estava muito doente quando procurou o Mestre Irineu. Curado, Antônio Gomes e sua família passaram a acompanhar os trabalhos do Mestre, que já dava os primeiros passos na institucionalização de seus trabalhos, contava com um considerado grupo de seguidores.

Da nova família, além de Antônio Gomes da Silva, o patriarca, os seus filhos Leôncio Gomes, Raimundo Gomes, Adália Gomes, José Gomes e dona Zulmira Gomes também passaram a freqüentar a sessão. Dona Zulmira, casada com o senhor Sebastião Gonçalves, levou à missão seus filhos Raimundo Gonçalves, João Gomes, Benedita Gomes, Eloísa Gomes e Peregrina Gomes.

É no hinário de Antônio Gomes que surge pela primeira vez o nome de "Juramidam", identificado como o nome do Mestre no plano astral. Uma versão desde hinário pode ser encontrada no blog Cadernos de Hinário, onde também há um breve histórico da vida deste companheiro.