segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma outra visão de São Paulo


Viver em São Paulo é um grande desafio. Com tanta poluição do ar, dos rios e com tantas dificuldades por conta do excesso de carros somado à ineficiência do transporte público, há duas possibilidades. Uma é se ACOMODAR, se tornar comum, se acostumar e seguir vivendo de forma desvairada, sem se preocupar com problemas, que teoricamente, não nos diz respeito. A outra é se INCOMODAR, questionar e BUSCAR maneiras inovadoras e incomuns de levar a vida numa cidade grande e tornar-se um cidadão. Acho que é meio óbvio que a maioria das pessoas prefere se acomodar ao em vez de se incomodar. Mas os incomodados estão por aí, basta procurar um pouquinho que a gente acha o fio da teia onde podemos nos conectar numa “nova dimensão”.

É o caso do pessoal do “Rios e Ruas” , um projeto que visa “promover o reconhecimento e a exploração in loco das cidades redescobrindo a natureza de rios soterrados por ruas e construções, contribuindo assim para despertar em jovens e adultos uma compreensão afetiva sobre o uso do espaço urbano”. Na prática, o projeto realiza expedições dentro da cidade de São Paulo, para redescobrir o percurso de rios que foram soterrados e ocultados pelas construções. A última expedição do grupo foi a do “Rio Verde”, rio este que em época de chuvas inunda ruas, mostrando sua força, reinvidicando um espaço que é seu. Confira o depoimento do grupo sobre a expedição.

Há uma matéria na revista TRIP que mostra, através da edição de imagens, uma São Paulo fluvial, uma cidade mais sustentável, que dialoga com seus rios e córregos. As imagens tem inspiração no projeto urbanístico defendido pelo arquiteto Alexandre Delijaicov.

Quem vê o projeto de Delijaicov jura que se trata de algo impossível de se realizar, um delírio ou fantasia de um urbanista sonhador, mas ele afirma que não: "O projeto não é uma fantasia. É economicamente viável. Mas depende uma política de estado, não de governo. Porque o projeto pode levar 20 anos, atravessar até cinco gestões, com grandes obras de infraestrutura e gastos de mais de R$ 1 bilhão", explica Delijaicov." Para ver mais imagens e saber mais do projeto de Delijaicov acesse a matéria.

Mais do que uma mudança política precisaríamos de uma mudança de consciência, eu diria. Reciclar o lixo, pensar em meios de transportes mais ecológicos, como a bicicleta, por exemplo. Esse tipo de coisa! Se não dá pra fazer muito, faça sempre um bocadinho...

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